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sábado, 1 de setembro de 2012

STF - PhD em biologia afirma que nível baixo de exposição a crisotila é viável - STF

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Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PhD em biologia afirma que nível baixo de exposição a crisotila é viável

Ao fazer sua apresentação na audiência pública que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir o uso do amianto, o professor Jacques Dunnigan reconheceu que no passado houve uso irresponsável de todos os tipos de amianto em nível alto e por períodos longos, causando um legado de doenças. Mas afirmou que é necessário aprender com as experiências do passado e assegurou que níveis baixos de exposição a crisotila são viáveis e não associados a qualquer tipo de risco mensurável. Dunnigan é PhD em biologia e professor assistente do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Sherbrooke.

O professor afirmou que existem muitos mitos em relação à variação do risco associado ao uso atual do amianto crisotila e, segundo ele, as decisões sobre a proibição ou não do uso do amianto devem ser tomadas com base na avaliação atual científica, e não com base em mitos e percepções. Ele citou alguns desses mitos e afirmou que devem ser “desmascarados”. Entre eles, estaria o número de 100 mil mortes devido a exposição ao amianto; a afirmação de que o uso seguro do amianto não existe e que até uma única fibra pode causar morte; e a afirmação de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) já solicitaram o banimento de todos os tipos de amianto.

Em relação às 100 mil mortes, ele afirmou que esse número, na verdade, não é real, pois é um número extrapolado, o que chamou de “extrapolação matemática ou fabricação de um número”. Segundo ele, esse número foi fabricado para o mundo inteiro a partir de uma experiência restrita de um país bastante pequeno que é a Finlândia, neste caso. O professor relatou que um dos maiores defensores desse número admitiu na Conferência Europeia sobre Amianto, em 2003, “que ao todo poderia haver 100 mil óbitos ocupacionais relacionados ao amianto”. Na ocasião também reconheceu que esses números não se referiam a casos registrados e sim estimativas.

Em relação ao banimento do amianto recomendado pela OMS e OIT, ele explicou que, na verdade, a posição oficial e atual dessas entidades é de trabalhar com os estados membros para fortalecer as atividades e incluir uma campanha global para eliminar todas as doenças relacionadas ao amianto e não para eliminar o amianto.

Jacques Dunnigan foi convidado a falar na audiência em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria e do Instituto Brasileiro de Crisotila.

CM/EH


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