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sábado, 4 de agosto de 2012

STF - AP 470 - PGR expõe argumentos contra o denominado “núcleo operacional” - STF

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Sexta-feira, 03 de agosto de 2012

AP 470 - PGR expõe argumentos contra o denominado “núcleo operacional”

Em sustentação oral no Plenário do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza seria o suposto “líder do núcleo operacional” em esquema criminoso contra o qual argumenta no julgamento da Ação Penal 470. Valério, segundo ele, seria a pessoa que possibilitaria a entrada dos valores de que o grupo precisava para cumprir acordos. Conforme a acusação, isso teria ocorrido em razão dos vínculos que Marcos Valério mantinha com os Bancos Rural e BMG.

“De mero financiador do projeto ilícito, Marcos Valério tornou-se personagem influente, com poder para negociar a formação da base aliada do governo, tornando-se homem da mais absoluta confiança de José Dirceu”, disse Roberto Gurgel.

Conforme o procurador-geral, Marcos Valério teria contado com a suposta colaboração de seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. “Eles exerceram papel de fundamental importância para o sucesso do esquema ilícito”, salientou Gurgel, observando que Marcos Valério, Ramon e Cristiano eram sócios das empresas SMP&B Comunicação, Grafite Participação Ltda. e DNA Propaganda.

Ainda segundo Roberto Gurgel, Rogério Tolentino teria atuação destacada no suposto esquema ilícito e estaria sempre ao lado de Marcos Valério. “Sua eventual condição de advogado das empresas jamais justificaria a retirada de valores dos empréstimos simulados”, ressaltou o procurador-geral.

De acordo com Gurgel, as rés Simone Vasconcelos e Geiza Dias seriam responsáveis pela administração financeira da empresa e executariam o processo de entrega dos valores. Segundo ele, documentos comprovam a “habitual e sistemática” atuação das duas no pagamento de vantagens indevidas a parlamentares federais.

Geiza Dias, de acordo com o procurador-geral, no cargo de gerente financeira da SMP&B, seria responsável pelo encaminhamento ao Banco Rural dos nomes dos destinatários dos valores distribuídos, com uma função mais interna no funcionamento da suposta quadrilha.

Já Simone Vasconcelos, diretora administrativa e financeira da SMP&B, conforme a acusação de Gurgel, seria responsável por realizar saques nas contas do Banco Rural. Além disso, a acusação diz que ela informava os destinatários dos valores de que o dinheiro já estaria disponível, orientando sobre o local e a forma de recebimento. “A acusada manipulava valores tão elevados que, em certa ocasião, teve que contratar um carro forte para o transporte dos recursos”, afirmou Gurgel ao destacar que nessa ocasião teria havido a movimentação de R$ 650 mil.

EC,CM/AD


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