Notícias STFSexta-feira, 24 de agosto de 2012Pesquisador afirma que amianto no Brasil está dentro do limite aceitável pela OMS
Durante a audiência pública sobre o uso do amianto no Brasil, o médico Mário Terra Filho, doutor em pneumologia e professor da Universidade de São Paulo (USP), apresentou uma pesquisa realizada por ele e encomendada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia sobre o efeito do amianto na saúde de pessoas expostas ao produto. O pesquisador afirmou que o nível de amianto utilizado no Brasil “sempre esteve dentro dos limites aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde e pelas agências internacionais de controle da exposição”.
A pesquisa, segundo ele, tinha o objetivo de responder a questionamentos acerca do uso do amianto e, para tanto, acompanhou moradores de residências com cobertura de telhas com essa substância. O estudo foi realizado em cinco capitais brasileiras (São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvador e Recife) com 550 moradores dessas residências (110 em cada capital) que tinham, em média, 35 anos morando na mesma casa, sendo que 90% dos moradores moravam há mais de 20 anos.
Das pessoas que participaram do estudo, a maioria era do sexo feminino (76%) e 92% do total estavam entre 31 e 70 anos. Foram realizados exames de radiografia do tórax e tomografia computadorizada para avaliar o suposto dano causado pelo amianto, além de avaliação clínica.
Resultado
De acordo com o pesquisador, na avalição clínica e radiológica não foram encontradas doenças relacionadas ao amianto. Ele acrescentou que a concentração de fibras obtidas no estudo é bastante semelhante àquela observada em outros países e em grandes metrópoles. “Andando em Sydney (Austrália) nós vamos encontrar a mesma quantidade de fibras de asbesto (amianto) que nós encontramos aqui nas cidades do Brasil”, afirmou o pesquisador.
Mário Terra Filho falou na audiência pública em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria e do Instituto Brasileiro de Crisotila.
CM/EH
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