Jurisprudência Brasil: TST - TST presta homenagem a Oscar Niemeyer

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

TST - TST presta homenagem a Oscar Niemeyer - TST

TST presta homenagem a Oscar Niemeyer

(Qui, 6 Dez 2012, 11:04)

A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho homenageou hoje (6), pela manhã, o arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto do prédio sede do TST e morto ontem, no Rio de Janeiro, aos 104 anos. Os ministros aprovaram, por unanimidade, um registro de "profundo pesar e consternação" pela perda do arquiteto, no que foram seguidos pelo representante do Ministério Público, Otavio Brito Lopes subprocurador-geral do Trabalho, e pelos advogados presentes na sessão.

Leia a seguir a íntegra do pronunciamento na SDI-1 do presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen:

"O Brasil e o mundo perderam ontem o mago universal da arquitetura modernista do Século XX. Perdemos um genial patrício. Em Brasília, em praticamente todos os recantos do mundo, em cerca de 600 obras, Niemeyer projetou beleza em estado puro, projetando palácios e outras obras em que sobressaem a imensurável criatividade e o talento inexcedível de que era dotado.

Amava a curva, porque, se é certo que a reta é a menor distância entre dos pontos, a beleza da curva é infinitamente superior, na arquitetura e no urbanismo revolucionário de Brasília. Niemeyer criou, entre tantas outras, as colunas do Palácio da Alvorada, que segundo o imortal pensador e escritor francês André Moreau, são as mais belas e originais que o gênio humano havia concebido desde as colunas gregas. Niemeyer projetou o prédio de praticamente todos os tribunais sediados em Brasília, inclusive este que hoje abriga condignamente o Tribunal Superior do Trabalho.

Era um homem culto, engajado politicamente, comunista. Lutava por uma sociedade mais igualitária. Um homem solidário e não menos importante. Uma alma doce e afável. Tive ocasião em visitá-lo no Rio, como membro da comissão de construção desse prédio. Postulávamos o enxugamento da dimensão como ele havia originalmente concebido e que as salas de sessões passassem a contar com janelas que não haviam sido projetadas originariamente. Oscar Niemeyer acolheu prontamente a nossa reivindicação e tornou esse prédio, para o nosso maior conforto, não só um prédio belo, mas também funcional.

Certamente, Oscar Niemeyer não morrerá. Eu diria, relembrando João Guimarães Rosa, que Oscar Niemeyer é daquelas pessoas que não morrem, ficam encantadas na obra universal e imorredoura, criativa, inventiva e singular no plano universal com que projetou a arquitetura brasileira. Portanto, ele viverá".

(Augusto Fontenelle / RA)

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