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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TST - TST presta última homenagem a Arnaldo Süssekind - TST

TST presta última homenagem a Arnaldo Süssekind

 

(Qua, 28 Nov 2012, 19:50)

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prestou homenagem hoje à tarde ao ministro Arnaldo Lopes Süssekind, dando ao Plenário do TST o nome do jurista, falecido no último dia 9 de julho, no dia em que completaria 95 anos.  Como parte da cerimônia, Arnaldo Süssekind Filho espargiu as cinzas de seu pai pelos jardins do tribunal.

O presidente do tribunal, ministro João Oreste Dalazen, disse que a homenagem é um tributo e reconhecimento da solidez da trajetória de Arnaldo Süssekind. Dalazen relembrou que essa trajetória teve início em 1938, com a entrada no serviço público como auxiliar no Conselho Nacional do Trabalho (CNT), que mais tarde se transformaria no TST. Depois como ministro do TST, ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social e também Procurador Geral do Trabalho em São Paulo. Mas o maior mérito do jurista, segundo Dalazen, não estaria nos cargos que ele exerceu, e sim no legado que deixou para a posteridade. "Ninguém contribuiu tão extraordinariamente para edificação do direito do trabalho no país como Arnaldo Sussekind", disse.

Durante a cerimônia, a nora de Süssekind, Nilsa Cardozo Süssekind, informou que está sendo criado em São Paulo o Instituto Ministro Arnaldo  Süssekind, para onde estariam sendo levadas a réplica do escritório de Süssekind e sua biblioteca. Segundo ela, o desejo partiu do próprio jurista, em 2010. Nilsa ressaltou que o IMAS está sendo criado "não só para eternizar a memória daquele que foi um grande construtor do direito do trabalho, mas para que os estudos continuem, com a realização de cursos, palestras e debates".

Espargimento

Antes da solenidade de atribuição do nome de Süssekind ao Plenário do TST, familiares do jurista e ministros do TST participaram da cerimônia de espargimento das cinzas de Arnaldo Sussekind nos jardins do Tribunal Superior do Trabalho.  O propósito foi manifestado pelo filho de Süssekind, Arnaldo Süssekind Filho. Segundo ele, o pai era um grande torcedor do Fluminense e costumava lhe telefonar todos os domingos para conversar sobre futebol.  Mas no dia que o Fluminense foi campeão brasileiro o telefone não tocou: "Senti um enorme vazio e muita saudade", relembra. "Então me ocorreu que essa saudade poderia ser substituída pela certeza de que ele deveria estar num lugar que tanto amava. Aqui, com seus colegas, amigos e companheiros de tantas lutas e inúmeras vitórias. É onde ele gostaria e merece ficar", explicou.

No final, Süssekind Filho ainda leu um bilhete encontrado nos guardados do pai no qual havia uma reflexão de sua vida. Com a voz embargada, o filho leu aos presentes as palavras do pai: "Na retrospectiva da minha vida verifico ter colhido mais alegrias e conquistas que tristezas e decepções, estas como aquelas foram muito fortes e marcaram minha existência, mas o que mais lamento é deixar aqueles que tanto amo".

(Ricardo Reis)

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SECOM/TST - Aldo Dias