28/11/2012 - 19h51Emoção marca despedida de Teori Zavascki na Primeira SeçãoA Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) despediu-se do ministro Teori Zavascki nesta quarta-feira (28), véspera de sua posse no Supremo Tribunal Federal (STF).
As palavras de despedida foram proferidas pelo ministro Ari Pargendler, que disse haver testemunhado, ao longo de um quarto de século, “o encontro de uma vida com uma vocação”. Zavascki, segundo ele, “tornou-se um dos maiores julgadores do país ao combinar ciência e arte”.
A ciência foi alcançada pelo aprofundado estudo no direito, que lhe rendeu títulos de mestre e doutor. Em 1972, o ministro se graduou em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde fez mestrado e doutorado. A arte, segundo Pargendler, resultou da paixão com que julga e da excelência de suas decisões.
“Ao invés do processo industrial que se contenta em padronizar as decisões judiciais, tão em voga no cenário forense; ao invés do trabalho burocrático, encontra-se uma obra de artista, individualizada, atenta ao caso concreto, ao ponto de a parte vencida experimentar um efeito colateral positivo: o de ser escutada”, assinalou o ministro, lembrando elogios que fizera ao colega quando de sua despedida na Corte Especial do STJ.
Intérprete da lei
Para o ministro Pargendler, Zavascki somou as habilidades de cientista e artista observando os cânones da profissão judicial, obedecendo à máxima de que o juiz é um intérprete da lei e sempre agindo com muita responsabilidade.
Teori Zavascki, em sua opinião, nunca teve na magistratura visão descompromissada da lei, mas buscou o bem comum e o interesse de quem tem o direito a seu favor. É um juiz que conta com a qualidade de saber lidar com a pressão da opinião pública.
A nomeação para o STF, segundo Pargendler, ultrapassa o ato de escolha de um juiz íntegro, independente, dedicado ao trabalho e iluminado por suas qualidades pessoais. “Num contexto em que a mídia profetiza escolhas ditadas por propósitos políticos, a nomeação do ministro Teori sinaliza o reconhecimento do Poder Executivo e do Legislativo de que o Brasil deve ter um Judiciário em consonância com os anseios de seu povo,” destacou.
Em nome do Ministério Público Federal (MPF) falou o subprocurador-geral Moacir Guimarães Moraes Filho, destacando a colaboração representada pelos julgados do ministro. “Teori teve uma atuação brilhante, e assim deveria ser com todos aqueles que vão ao STF,” destacou. Em sua opinião, deveria prevalecer no STF o perfil de magistrado “técnico e equidistante”, como o dele.
Para marcar a despedida, o ministro recebeu uma placa com a inscrição: “As marcas que são deixadas pelo trabalho de um grande homem ficam sempre cravadas na alma de quem caminha ao seu lado.”
Teori Zavascki estava no STJ desde 8 de maio de 2003.
Foto:
À esquerda, levantando-se, Teori Zavascki é aplaudido pelos demais ministros da Primeira Seção.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
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