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sexta-feira, 8 de março de 2013

STF - Linhas de transmissão em São Paulo seguem padrão da Aneel - STF

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Sexta-feira, 08 de março de 2013

Linhas de transmissão em São Paulo seguem padrão da Aneel

O representante da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), Paulo César de Oliveira Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (8) que todas as linhas de transmissão de energia em operação no Estado de São Paulo atendem aos limites definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, portanto, os parâmetros fixados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo ele, a diminuição nos valores limites de campos magnéticos implica a adoção de medidas com impacto tarifário, social e visual que, necessariamente, deve passar pela aprovação do Estado brasileiro, que permite que as empresas transmissoras operem em regime de concessão.

“Além do aspecto econômico-financeiro, para a adoção de medidas de mitigação haverá limitações à operação (restrição de carga) e à manutenção (impacto na qualidade do fornecimento)”, alertou Paulo César.

Engenheiro eletricista e mestre na área pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Paulo César fez uma apresentação abrangente sobre como são gerados os campos eletromagnéticos, as formas possíveis de minimizar a incidência da radiação gerada por esses campos no meio ambiente e seus custos.

Segundo ele, estudos mostram que com o enterramento de linha o campo eletromagnético pode reduzir-se à metade. Além dessa vantagem, essa solução tem pequeno impacto visual. Por outro lado, ela apresenta maiores problemas de operação, grande complexidade para reparo e manutenção com aumento na taxa de indisponibilidade e mais limitações no uso da terra no interior da faixa de passagem, que é a faixa de segurança de uma linha de transmissão de energia.

Ele acrescentou que para a obtenção do valor de um microtesla (unidade de medida de campos eletromagnéticos), vigente hoje na Suíça, seria necessário que as faixas de segurança das linhas de transmissão hoje existentes, que são de 30 metros, teriam de ser aumentadas para 90 metros. O custo para aquisição desses 60 metros de terreno complementar, disse o engenheiro, ficaria em cerca de R$ 3,5 milhão.

O engenheiro informou que o valor referência que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem hoje para aquisição de terreno em zona urbana é de cerca de R$ 60, mas observou que o valor referência das empresas no municípios de São Paulo e São José dos Campos fica em torno de R$ 250 a R$ 300 o metro quadrado. “Vemos que essa estimativa de R$ 3 milhões está, provavelmente, muito abaixo do que seria necessário. Ou seja, esses custos podem se tornar astronômicos”, disse.

Ainda segundo Paulo César, para obter o campo de um microtesla seria necessário alterar a estrutura padrão das torres, que é de 26 metros, para 62 metros. “Percebemos, de uma forma bastante simplista, que estamos falando em triplicar as faixas de passagem ou triplicar a altura das estruturas.”

A Cteep é uma concessionária privada do setor de transmissão de energia elétrica. Sediada em São Paulo, a empresa está presente, com ativos próprios e por meio de subsidiárias e participações, em 16 estados brasileiros.

RR/AR
 


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