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sábado, 9 de março de 2013

STF - Cepel afirma que principais fontes de exposição a campos eletromagnéticos vêm de aparelhos domésticos - STF

Notícias STF

Sexta-feira, 08 de março de 2013

Cepel afirma que principais fontes de exposição a campos eletromagnéticos vêm de aparelhos domésticos

As linhas de transmissão e distribuição não são a principal exposição a campos eletromagnéticos na vida cotidiana. A afirmação foi feita pelo engenheiro eletricista do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) Luiz Adriano Domingues durante o último dia da audiência pública sobre campos eletromagnéticos, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (8) no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com dados apresentados pelo represente da Cepel, na medição feita em residências, foram constatados os maiores valores de campo eletromagnético, em função dos vários equipamentos que são utilizados no dia a dia, como, secador, liquidificador, rádio e TV.

Segundo o pesquisador, a linha de transmissão é uma corrente de centenas de amperes, porém, fica a dezenas de metros de distância das residências. Assim, os equipamentos domésticos, “da ordem de alguns amperes, às vezes, dezenas de amperes, estão a centímetros [de distância]”.

O representante da Cepel afirmou que existem duas formas de transmissão de energia: a linha aérea e a linha subterrânea. Para ele, o enterramento da linha não elimina a questão do campo magnético.

Em gráfico apresentado pelo engenheiro, utilizou-se, a título de exemplo, uma linha de 138 mil volts. Nele, há trechos em que o campo da linha aérea predomina e há trechos que o campo da linha subterrânea predomina.  “Ou seja, o enterramento não elimina o campo magnético, não resolve o problema”, afirma o pesquisador.

Frequência

Durante sua exposição, Domingues esclareceu que a radiação ionizante, encontradas em equipamentos de radiologia, tem a propriedade de “arrancar” cargas elétricas dos átomos e moléculas.  A exposição direta e frequente produz efeitos irreversíveis.

Aparelhos de uso cotidiano, como celular, telefone sem fio, rádio e TV emitem a chamada radiação não ionizante, que são como “ondas que viajam no espaço, uma vez emitida pela sua fonte”. “É um campo irradiado, porém, não tem propriedade de ionizar a matéria”, explica o pesquisador.

Segundo ele, a linha de transmissão produz “um campo elétrico, um campo magnético, mas não produz uma onda radiante”.

Sistemas trifásico e monofásico

De acordo com engenheiro, a maioria das linhas de transmissão e distribuição utiliza o sistema trifásico. Nele, “as três correntes não estão em fase, então, há um efeito cancelamento”, explica o expositor.

O campo da linha monofásica seria maior porque não dispõe desse beneficio de cancelamento. Nas residências, por exemplo, “todos os aparelhos que usamos estão ligados em uma única fase. Então, quando manuseamos equipamentos alimentados por sistema monofásico, ainda que o quadro da casa seja trifásico, os circuitos são todos monofásicos”, destaca Domingues.

Ao final de sua exposição, o pesquisador ressaltou que as técnicas de engenharia de projeto, construção e operação de linhas de transmissão praticadas no Brasil “estão no mais alto padrão usado no mundo”. “Não há nenhuma tecnologia que tenhamos que aplicar para fazer uma coisa melhor”, conclui o engenheiro.

DV/RR
 


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